“...o
corpo é um e tem muitos membros,
e todos os membros, sendo muitos,
constituem
um só corpo...”
(I Co 12.12a)
Todo
o capítulo 12 da primeira carta aos Coríntios trata da variedade dos dons
espirituais, que o Espírito Santo distribui como quer a cada salvo (v.11), com
vistas à edificação da Igreja, tanto no âmbito local como universal. Como é interessante notar a criatividade e
a diversidade de Deus! Pessoas completamente diferentes na personalidade,
em seus contextos históricos, sociais e culturais, nos talentos e dons, nas
idades, nos gostos, reunidas para viver em unidade na igreja de Cristo. Não parece um paradoxo?
Com o
mínimo de observação e reflexão veremos que a unidade na diversidade:
· está na essência
divina, demonstrada pela trindade do Deus único;
· está na criação, que,
em seu estado natural e perfeito, vive em harmonia através da interdependência
de milhões de espécies e materiais diferentes entre si;
· está na igreja, ou
deveria estar – o processo de santificação nada mais é do que se tornar a cada
dia mais parecido com Deus, o que inclui saber ser um, respeitando as diferenças
e individualidades de todos;
· estará no céu, quando
todos os salvos, de todas as épocas e culturas se unirão em louvor e adoração
eternos.
Também
podemos afirmar, sem sombras de dúvida, que a unidade na diversidade na igreja
local só acontece quando:
· cada membro tem
consciência dos tipos de inteligência, talentos e dons espirituais que possui,
exercendo com prazer sua função específica no Corpo, sem querer ser o que não é
ou fazer o que é função de outro (1 Co. 12.17);
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(imagem retirada de deirmaoparairmao.blogsspot.com) |
· o desejo de realizar as
próprias vontades, idéias e opiniões cede sua primazia para o orar e buscar
saber a vontade de Deus antes de qualquer decisão ou ação relacionadas a
qualquer área, seja ela espiritual, administrativa, relacional ou financeira
(Ef. 5.17; 6.6; Fl. 2.21);
· o amor a Deus e ao próximo,
os dois grandes mandamentos, retiram as tendências egoístas, próprias do ser
humano, e elevam os pensamentos e ações para o bem comum, observando todos os
aspectos (I Co. 10.24, 33);
· a paz é o árbitro dos
corações, evitando falas e ações que promovam contendas e discórdias (Sl.
34.14; Tg. 3.18, Cl. 3.15);
· a igreja está preocupada e
envolvida com a adoração e a proclamação (Ef. 1.5-6, 12; Mt. 28.19-20) – quando
o foco está no lugar certo, não há tempo para questiúnculas.
Enfim, tudo se resume a
conhecer e colocar em prática os ensinamentos bíblicos, pois a Bíblia é nossa regra de fé e prática.
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(imagem retirada de verbomag.com) |
Que nesse fim e início de
ano, com novas posses em cargos e funções, possamos focar na prática dos
ensinamentos bíblicos, procurando sempre contribuir para a unidade, pois o
mundo verá o agir de Deus em nossa igreja não em nossas realizações, mas na
unidade que respeita e valoriza a diversidade.
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(imagem retirada de www.pulpitocristao.com) |
“Para que todos sejam um,
como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para
que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo. 17.21).