quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Piano - Partes, Funções e Funcionamento

  
TECLADO
O piano moderno possui 88 teclas. As teclas são brancas e pretas, feitas de madeira – as brancas são revestidas de marfim ou material plástico e as pretas são revestidas em ébano, sendo que as pretas formam grupos de duas e três teclas.
  
 CORDAS
As cordas do piano se dividem em três grupos: graves, médias e agudas.

As cordas graves são cordas grossas, revestidas (fiadas) a cobre – elas são chamadas de bordões.
As notas mais graves, no canto esquerdo do teclado, são produzidas, cada uma delas, por apenas uma corda.
As notas menos graves são produzidas, cada uma delas por duas cordas.
Também vale ressaltar que as cordas graves são as mais longas, diminuindo gradativamente de tamanho à medida em que vão ficando menos graves.
  

As cordas médias são mais finas que as cordas graves e continuam diminuindo de comprimento na medida em que vão ficando mais agudas.
Cada nota média é produzida por três cordas, isso para obter maior volume e para tornar o timbre mais rico – a afinação delas não é absoluta, o que produz sistemas complexos de batimentos lentos, enriquecendo o timbre.



As cordas agudas são finas, feitas de aço, de comprimento pequeno, continuando a diminuir em tamanho até chegar a mais aguda.
As notas agudas ficam no lado direito do teclado e cada uma delas é produzida também por três cordas.


As cordas são dispostas de forma cruzada – as cordas graves passam por cima das cordas médias e agudas, desta forma permite-se usar cordas graves longas sem precisar aumentar ainda mais o tamanho do instrumento.




MARTELOS

São feitos de madeira, revestidos por feltro. Nas notas graves, cada martelo bate em um bordão; nas notas médias-graves, cada martelo bate em dois bordões; e nas notas médias e agudas, cada martelo bate em três cordas.

Nos pianos verticais os martelos estão na vertical e nos pianos de cauda eles estão na horizontal.

Função: bater nas cordas para que elas vibrem, produzindo assim o som.


ABAFADORES
Para cada nota existe um abafador, com exceção da zona sobreaguda. O abafador de uma nota fica sobre as cordas que produzem o seu som, sejam uma, duas ou três cordas.

Função: controlar a duração dos sons.













ESTRUTURA
A estrutura de um piano é feita geralmente de madeira (carvalho ou outros tipos de madeiras), ferro e barras de aço, podendo ser vista na parte de trás de um piano de armário ou na parte de baixo de um piano de cauda.
 
Função: ajuda a suportar a tensão das cordas de aço.





TÁBUA HARMÔNICA
Chamada de “alma” do piano, é uma madeira larga cortada em forma de diafragma (mais estreita nos cantos), colada à estrutura nos cantos.
A tábua harmônica fica por baixo das cordas nos pianos de cauda e por trás das cordas nos pianos verticais. Ela é pressionada pelas cordas, através dos cavaletes, forçando-a a vibrar junto com elas, aumentando assim o volume de som do piano.
Tiras ou ripas de madeira são coladas por baixo da tábua harmônica, adicionando força e ajudando a sustentar a pressão.

Função: aumentar o volume do piano.

CEPO
Montado acima da Tábua Harmônica no piano vertical e na frente dela no piano de cauda está o Cepo, normalmente está escondido inteiramente ou parcialmente no instrumento. É feito de diversas fatias de madeira dura, cortadas em várias posições em relação ao seu veio da madeira. É onde mais tarde vão ser colocadas sob pressão, as cravelhas do piano, as quais sustentarão a afinação deste o mais precisamente possível.
 
Função: prender as cravelhas, sustentando a afinação.


CHAPA DE AÇO
É uma estrutura feita de várias ligas de aço, ferro e outros minérios, onde ficam os pinos de aço que prendem as cordas do outro lado das cravelhas.
A tensão total das cordas fica por volta de dez toneladas nos pianos verticais e dezoito ou mais toneladas nos pianos de cauda. Prendendo as cordas na chapa de aço evita-se que o instrumento deforme por causa da tensão das cordas.

Função: Prender as cordas evitando que o instrumento deforme e que as cordas fiquem folgadas ou soltem, sustentando a afinação.

SISTEMA GERAL, MECÂNICA E FUNCIONAMENTO
Cada corda é fixada na cravelha, que por sua vez é presa no cepo, dali ela passa por baixo de uma barra guia de aço, na chapa, passa pelos cavaletes da tábua harmônica (onde pressiona a tábua e amplifica o som), indo terminar cada uma em um pino de aço fortemente fixado na chapa, onde se dá um nó especial para evitar que ela se alargue ou solte ao ser esticada ao máximo. Em alguns pianos essa mesma corda pode não ser fixa nesses pinos, mas fazer o retorno pelo caminho ao lado, passando de volta pelo cavalete, pela barra guia e terminando novamente à cravelha adjacente à corda que originalmente saiu.

Mecânica - conjunto de dispositivos mecânicos responsáveis pela produção e extinção das vibrações das cordas do piano.

Funcionamento – Ao apertar uma tecla, o martelo acoplado a ela bate nas cordas correspondentes e depois volta imediatamente para trás, graças ao mecanismo de escape. Simultaneamente o abafador correspondente afasta-se dessas cordas, deixando-as livres. Sendo percutidas pelo martelo, as cordas vibram produzindo o som.
Ao soltar a tecla apertada, imediatamente o abafador correspondente volta para a sua posição de repouso sobre as cordas, impedindo que elas continuem vibrando, parando assim o som.
OBS: Nos pianos verticais de cauda os martelos, por estarem na posição horizontal, batem nas cordas através de um movimento de baixo para cima.

PEDAIS
O piano pode ter dois ou três pedais.



O pedal esquerdo é chamado de “una corda”.
No piano de cauda, ao se apertar esse pedal todo o mecanismo do piano desloca-se ligeiramente para a direita – teclado, martelos e abafadores. Assim, nas notas médias e agudas, em vez do martelo bater em três cordas, baterá em apenas duas; nas notas médio-graves, em vez de bater em duas cordas, baterá em uma apenas; e nos bordões graves baterá descentralizado.  
No piano vertical, ao se apertar esse pedal todos os martelos se aproximam mais das cordas.

Função: diminuir o volume e modificar o timbre dos sons.

O pedal direito é chamado de “pedal de sustentação” – ele faz com que todos os abafadores, ao mesmo tempo, desencostem das cordas, deixando-as livres. Desta forma os sons se prolongam, melhorando o legato e enriquecendo o timbre, pois ao tocar uma nota outras cordas vibram levemente por simpatia, produzindo harmônicos.

Função: prolongar os sons, melhorar o legato e enriquecer o timbre com os harmônicos de outras cordas.

O pedal do meio, nos pianos de cauda, chama-se “sostenuto”. Ao apertá-lo, os abafadores que já estavam desencostados das cordas permanecem assim, possibilitando a prolongação de uma nota ou acorde grave enquanto se utilizam ambas as mãos no registro médio e agudo. 
Nos pianos verticais o pedal do meio chama-se “pedal de estudo”. Ao apertá-lo e encaixá-lo no entalhe que o deixa preso em baixo, uma cortina de feltro desce posicionando-se entre os martelos e as cordas, diminuindo muito o volume dos sons.

Função: prolongar uma nota ou acorde grave enquanto se utilizam ambas as mãos no registro médio e agudo (nos pianos de cauda) e diminuir muito o volume dos sons ao se estudar (nos pianos verticais).

Referências:
http://afinacaodepianos.blogspot.com/2009/06/construcao-de-um-piano.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Piano
HENRIQUE, Luís; “Instrumentos Musicais” – 2ª. Ed. - Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa