terça-feira, 16 de dezembro de 2014

UNIDADE NA DIVERSIDADE

“...o corpo é um e tem muitos membros, 
e todos os membros, sendo muitos,
constituem um só corpo...”
 (I Co 12.12a)
  
Todo o capítulo 12 da primeira carta aos Coríntios trata da variedade dos dons espirituais, que o Espírito Santo distribui como quer a cada salvo (v.11), com vistas à edificação da Igreja, tanto no âmbito local como universal. Como é interessante notar a criatividade e a diversidade de Deus! Pessoas completamente diferentes na personalidade, em seus contextos históricos, sociais e culturais, nos talentos e dons, nas idades, nos gostos, reunidas para viver em unidade na igreja de Cristo.  Não parece um paradoxo?

Com o mínimo de observação e reflexão veremos que a unidade na diversidade:
· está na essência divina, demonstrada pela trindade do Deus único;
· está na criação, que, em seu estado natural e perfeito, vive em harmonia através da interdependência de milhões de espécies e materiais diferentes entre si;
· está na igreja, ou deveria estar – o processo de santificação nada mais é do que se tornar a cada dia mais parecido com Deus, o que inclui saber ser um, respeitando as diferenças e individualidades de todos;
· estará no céu, quando todos os salvos, de todas as épocas e culturas se unirão em louvor e adoração eternos.

Também podemos afirmar, sem sombras de dúvida, que a unidade na diversidade na igreja local só acontece quando:
· cada membro tem consciência dos tipos de inteligência, talentos e dons espirituais que possui, exercendo com prazer sua função específica no Corpo, sem querer ser o que não é ou fazer o que é função de outro (1 Co. 12.17);
(imagem retirada de deirmaoparairmao.blogsspot.com)

· o desejo de realizar as próprias vontades, idéias e opiniões cede sua primazia para o orar e buscar saber a vontade de Deus antes de qualquer decisão ou ação relacionadas a qualquer área, seja ela espiritual, administrativa, relacional ou financeira (Ef. 5.17; 6.6; Fl. 2.21);
· o amor a Deus e ao próximo, os dois grandes mandamentos, retiram as tendências egoístas, próprias do ser humano, e elevam os pensamentos e ações para o bem comum, observando todos os aspectos (I Co. 10.24, 33);
·   a paz é o árbitro dos corações, evitando falas e ações que promovam contendas e discórdias (Sl. 34.14; Tg. 3.18, Cl. 3.15);
· a igreja está preocupada e envolvida com a adoração e a proclamação (Ef. 1.5-6, 12; Mt. 28.19-20) – quando o foco está no lugar certo, não há tempo para questiúnculas.

Enfim, tudo se resume a conhecer e colocar em prática os ensinamentos bíblicos, pois a Bíblia é nossa regra de fé e prática.
(imagem retirada de verbomag.com)

Que nesse fim e início de ano, com novas posses em cargos e funções, possamos focar na prática dos ensinamentos bíblicos, procurando sempre contribuir para a unidade, pois o mundo verá o agir de Deus em nossa igreja não em nossas realizações, mas na unidade que respeita e valoriza a diversidade.  

(imagem retirada de www.comunidadecrista.org.br)

(imagem retirada de www.pulpitocristao.com)


“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo. 17.21).